Um padre jesuíta no Brasil. Chapéu e bastão apontam para a itinerância missionária. Pintura do século XVIII |
Grande parte de todos os padres da antiga freguesia de Nossa
Senhora do Rosário das Russas, o curato no qual toda a região jaguaribana
estava circunscrita, juntamente com seus frades e visitadores, celebraram,
enterraram e realizaram casamentos na capela, sendo o primeiro que se têm
notícias o Padre João Cavalcante Bezerra, sacerdote do hábito de São Pedro,
batizando a menina Paschoa naquele treze de janeiro de 1736, de acordo com o
livro nº 01 de batismos.
Merece
destaque, a atuação do Padre Leonardo Bezerra Cavalcante, este sacerdote do
hábito de São Pedro, oficiou atividades religiosas por mais de quarenta anos
sendo interrompido por sua morte em 1771. Acredita-se que tamanha atuação se
deu pelo mesmo residir em um sítio junto ás margens do Riacho Livramento.
Os
religiosos enfrentavam uma verdadeira empreitada em lombos de animais a fim de
levarem a palavra de Deus, administrar sacramentos e desobrigar os fiéis. No
caso da Freguezia de Nossa Senhora do Rosário das Russas, esta se estendia até
os limites com Quixeramobim e Icó, algo impossível e desgastante para que se
desse uma boa assistência espiritual, principalmente no leio de morte.
Podemos
considerar que os habitantes das proximidades da capela do Livramento tinham certos
a garantia e conforto no que tange a isso, pois para nascer e constituir
família, era necessária a presença de um religioso, isso era importante
principalmente no transcurso da morte para promover um conforto e fosse
garantida a salvação da alma no momento da passagem.
Mesmo assim
verificou-se em diversos assentos de batizados e óbitos que a assistência
religiosa nem sempre foi possível, principalmente na administração dos
sacramentos de extrema unção e eucaristia ao moribundo.
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